terça-feira, 14 de junho de 2011

Disposição Final de Resíduos e a Importância da Política dos 3R's

Não é qualquer um que sabe dizer com exatidão para onde vão todos os resíduos sólidos/lixo gerados pelos humanos, mas qualquer pessoa com um pouco de consciência sabe que eles não devem ir, ou seja, sabe que não devem ir parar na fogueira do fundo do quintal, nem em um lote baldio ou no lixão (área de disposição final sem preparação do solo e ao ar livre) da sua cidade, muito menos no rio próximo de casa. 

Aterro Sanitário de Goiânia - 2010


A disposição final mais correta para os materiais que não podem mais ser reutilizados e/ou reciclados é um aterro sanitário, mas saiba que construir um aterro sanitário não é tarefa fácil, pois além de ser caro, ele não pode ser construído em qualquer local. É necessária uma área afastada das moradias e longe de corpos d’água e com lençol freático profundo (para evitar a contaminação dos recursos hídricos pelo chorume), assim não são todas as cidades que possuem aterros sanitários. Uma alternativa que vem sendo aplicada é a construção de aterros controlados: uma fase intermediária entre lixão e aterro sanitário. Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que recebeu cobertura de argila e grama (idealmente selado com manta impermeável para proteger a pilha da água de chuva) e captação de chorume e gás. 

Mesmo que na sua cidade tenha um aterro sanitário, saiba que ele possui um tempo de vida útil. Terminado esse tempo o mesmo passa a ser uma grande montanha de lixo inutilizável, podendo ser difícil achar outro local apropriado para se construir um novo aterro. Além disso, os aterros sanitários não deixam de gerar impactos ambientais (geração de GEE’s*, de chorume), apesar de serem minimizados seguindo normas de engenharia. E a forma mais eficaz de se aumentar uma vida útil de um aterro sanitário é diminuir a quantidade de resíduos dispostos no local através de medidas como a redução, reutilização e reciclagem dos mesmos. 

Os resíduos sólidos podem e devem ser reutilizados e/ou reciclados por isso grandes parte deles gerados deveria passar longe da disposição final. Em Goiânia, por exemplo, das 1200 toneladas de materiais que chegam ao aterro sanitário diariamente, estima-se que em torno de 400 a 500. 

Ainda quer mais motivos para começar a praticar a política dos “3 R’s” (reduzir, reutilizar, reciclar)? Com essas medidas você ajuda a economizar água, matéria prima, energia, áreas naturais, etc. 

* GEE's: Gases do Efeito Estufa.

2 comentários:

Cássio Augusto disse...

Legal seus esclarecimentos sobre aterros; Contudo a conscientizaçao da sociedade através da educaçao ambiental, mostrando a importancia da coleta seletiva por exemplo, otimizaria a vida util de um aterro sanitario, pois sabemos que nem tudo que vai para o lixo e lixo mais da metade a apenas residuo e pode ter outra finalidade e até mesmo ser reaproveitado.

ecoargoiania@hotmail.com disse...

Bom dia, Cássio. É essa a ideia/consciência que queremos despertar com o texto e com o projeto. Veja que o texto diz exatamente isso que você falou "E a forma mais eficaz de se aumentar uma vida útil de um aterro sanitário é diminuir a quantidade de resíduos dispostos no local através de medidas como a redução, reutilização e reciclagem dos mesmos.(...) Os resíduos sólidos podem e devem ser reutilizados e/ou reciclados por isso grandes parte deles gerados deveria passar longe da disposição final." E o projeto quer mostrar através da Educação Ambiental no Blog e futuramente em escolas, bairros, etc a importância da política dos 3R's.
Ficamos muito felizes com a sua participação no Blog, ainda mais fazendo observações tão importantes.
Abraços da nossa equipe.

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