Ecoar Goiânia

Mesmo não existindo uma regra imposta para classificar os tipos de hortas, é fácil reconhecer os mais variados tipos de hortas, pelo seu porte, dimensão, manejo, pessoas envolvidas e características peculiares.

As mais antigas hortas que ainda persistem no cultivo de pessoas que vivem nas pequenas cidades e que mantém a tradição no plantio de hortaliças e plantas medicinais, não seguindo necessariamente técnicas avançadas ou produtos sofisticados para cuidar de uma horta para uso próprio e da família.

Na horta escolar, além dos benefícios que a própria horta comumente já oferece, é possível ensinar valores humanos, uma forma de ensinar a preservar o meio ambiente, através de ensinamentos necessários para formação humana de cada aluno, o qual poderá ser contemplado vivência de grupo, cooperação, e tantos outros fatores que prepare o aluno para a prática de sua cidadania. Os interesses pedagógicos são complementados pela boa prática alimentar.

Praticamente toda horta que exija a participação de um grupo de pessoas, poderíamos chamar de horta comunitária, na prática essa é um tipo de horta cuidada por uma comunidade de bairro, cidade ou associação. É um tipo de auto-sustentação de uma comunidade, mas que não deixa de ter o seu cunho social, de união e cooperação.

Para a implementação de uma horta comunitária numa cidade ou bairro, deverá primeiramente ter o apoio da comunidade como um todo. Os comerciantes, escolas, instituições, empresas e associações devem participar para que o sucesso seja alcançado.

Nas comunidades mais carentes o sucesso das Hortas Comunitárias tem sido em demasiado grande, face ao fato de se terem um maior número de pessoas interessadas envolvidas no processo de execução e implementação.

A conscientização das pessoas quanto à degradação do Meio Ambiente ainda é para muitas delas um assunto desconhecido, os métodos de regeneração do solo e bioalternativas ainda são pouco divulgados, as hortas comunitárias deveriam fazer mais parte das vidas das pessoas, pois além de garantir uma alimentação saudável, aproxima as pessoas na execução de tarefas comunitárias.

As mini hortas apesar de ter pouco significado para a auto-sustentação, pode apresentar uma ótima terapia ocupacional e satisfação pessoal pelas coisas mais simples da vida. O bom é que é muito fácil de fazer, exige baixíssimo material para colocar em prática, pouco espaço, podendo ser cultivado até mesmo em apartamento.

Numa horta mandala, os canteiros estão dispostos em círculos e não em linhas retas. Plantam-se verduras, legumes, cereais, frutas, ervas aromáticas, medicinais e flores. Diversidades de plantas atraem diversidades de insetos que polinizam e se autocontrolam. Caminhos devidamente projetados facilitam o manejo, a irrigação e a colheita. Fertilizantes orgânicos repõem os nutrientes e a cobertura morta mantém a umidade e protege sua maior riqueza: o solo.

A Horta Mandala tem diversas vantagens, pois permite o aproveitamento máximo da água e da terra, tem custos de produção menores que os da irrigação tradicional e permite usar áreas bem pequenas. Ela é, portanto, ideal para a agricultura familiar.

O termo hidroponia vem do grego hidro ponos, que significa “trabalho na água”. É uma técnica alternativa de cultivo de plantas com solução nutritiva na ausência ou na presença de substratos naturais ou artificiais.

Solução nutritiva é a mistura de água e adubos colocada no reservatório, que chega diretamente ao cultivo. Nela estão contidos todos os nutrientes de que a planta necessita.

Substrato é todo material utilizado como meio de crescimento para as plantas, que não seja o solo, onde se desenvolvem as raízes das plantas. Proporciona um meio de reserva de água e aeração para as raízes. Para isso, é importante conhecer suas propriedades físicas. Em hidroponia, qualquer alteração na irrigação, por excesso ou por falta que seja, se reflete rapidamente no cultivo, para o bem ou para o mal.

Os primeiros de quem se têm notícia que usaram a hidropônica foram os Sumérios, habitantes de antiga Mesopotâmia, que surgiram por volta do quinto milênio antes de Cristo. Na região, foram encontrados vestígios de poços e canais para a irrigação. Na Babilônia, os jardins suspensos da rainha Semíramis foram construídos baseados no cultivo hidropônico. As plantas eram cultivadas em terraços isolados por uma camada de folhas metálicas, sobre as quais provavelmente se colocava um substrato composto essencialmente de areia, um pouco de terra e limo. A água caía em cascata do terraço irrigando esses jardins, considerados uma das sete maravilhas do mundo. Outros exemplos de cultivos hidropônicos são os jardins flutuantes chineses da dinastia Chou (1027-770 a.C.) e as chinampas astecas que flutuavam em águas pantanosas no território de Tenochtitlan (México).

Tipo de horta de grande produção, com destinação a toda a população praticamente, abastecendo o mercado consumidor, e para que isso aconteça é preciso se utilizar além de tecnologias avançadas, manejo de agrotóxicos e outros produtos químicos que certamente são repassados para seus consumidores.

Além de perigo com os agrotóxicos, nem sempre temos a segurança da fiscalização da procedência do cultivo, manejo e distribuição, podendo ainda ser uma ameaça os resultados ainda desconhecidos dos alimentos transgênicos.