quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Programa de reciclagem da Suécia é exemplo para todo o mundo


O sistema de reciclagem na Suécia é tão efetivo que o país começa a ficar sem lixo e precisa importar resíduos de outros lugares para que certas práticas que são baseadas na reciclagem/incineração não sejam comprometidas. Leia mais.

Imagem: Archdaily.


Alô, pessoal! Hoje é quarta-feira e dia da Jéssica postar pra vocês. Só que a faculdade anda corrida pra ela e como perceberam, não pude postar nas terças-feiras passadas, pelo mesmo motivo. Mas agora estou muito feliz de férias, e vim repor uma das minhas postagens e cobrir o post de hoje. Assim que der, a linda da Jéssica publica aqui também.

Bem, explicações dadas, vamos falar sobre o texto de hoje. Como muitos devem saber, a Suécia é exemplo para o mundo todo no quesito sustentabilidade. Foi considerada pelo WWF (World Wildlife Fund - Fundo Mundial da Natureza) como o terceiro país que mais investe em tecnologia verde, já que o governo oferece financiamentos altos para pesquisas em tecnologias limpas e a tradição no desenvolvimento de soluções ambientais está presente em vários setores.

Suécia. Imagem: Revisa FIEC.

De acordo com dados publicados pela empresa de reciclagem sueca Returnpack, são recicladas em média 146 latas e garrafas por habitante, por exemplo, número responsável por quase 90% do total destes materiais que são reciclados e 88% do sistema nacional de reciclagem.

Imagem: Archdaily.

A política de reciclagem na Suécia teve um resultado tão positivo, que as autoridades expandiram esse sistema a mais itens, como a fabricação de roupas, através do incentivo do uso de materiais orgânicos, como o algodão. Além disso, o Estado promoveu a instalação de empresas de produção de tecnologia para que fossem desenvolvidas estratégias sustentáveis que pudessem ser aplicáveis ao país nórdico e ao resto do mundo.


A Suécia criou em 1940 um programa de incineração de resíduos, que permite a redução de duas toneladas de lixo por ano, além de fornecer aquecimento a 810 mil casas e gerar energia elétrica para 250 mil. Em números, isso significa que 96% dos resíduos são convertidos em eletricidade, e apenas 4% são enviados para aterros sanitários. Desse jeito, a Suécia começou a ficar sem lixo para reciclar, o que poderia comprometer essas práticas que são baseadas em resíduos.

O que acontece num lugar em que não falta nada disso e a reciclagem é quase que perfeita, para não dizer perfeita? (...) O sucesso também significa um problema. (...) Milhares de casas e empresas dependem justamente desta transformação em lixo em energia. Acontece que lá o hábito da reciclagem é tão bem sucedido, as pessoas são tão bem educadas, que, pasme-se, está faltando lixo e isso vem ameaçando a energia da cidade. (Gilberto Dimenstein)

De acordo Catarina Ostlund, conselheira da Agência de Proteção Ambiental da Suécia, “o país possui mais capacidade para gerar energia do que para produzir lixo.” Assim, como solução, resolveu-se importar os resíduos da Noruega para que o sistema para geração de aquecimento e eletricidade não seja comprometido. Desses resíduos importados, o que não puder ser incinerado será devolvido para o país vizinho para serem depositados em aterros sanitários. Por enquanto, 800 mil toneladas devem ser importadas por ano, o que além de solucionar os problemas da Suécia, favorece no manejo de resíduos da Noruega.

Futuramente, o governo sueco prevê ampliar seu plano de incineração a outros países com dificuldades no tratamento de resíduos, como a Bulgária, Itália e Romênia, que não contam com indústrias de incineração ou reciclagem.

Imagem: Archdaily.

Legal, não é? Pegando o exemplo das pautas de reciclagem e de manejo de resíduos da Suécia, percebemos um sistema eficiente, pois atua no principal ponto necessário para a mudança: a consciência entre a população. No Brasil falta educação e estrutura governamental para isso. Em todo o país, apenas 2% dos resíduos gerados são reciclados. Em Goiânia, das 1200 toneladas de materiais que chegam ao aterro sanitário diariamente, estima-se que em torno de 400 a 500 poderiam ser reciclados/reutilizados. Em Borás, cidade da região Sul da Suécia com 140 mil moradores, 99% dos resíduos gerados são reaproveitados/reciciclados. (Vou escrever sobre ela no próximo post, aguardem.) 

Imagem: Archdaily.

Ainda estamos longe de chegar a esse ponto, é claro, mas não podemos esquecer que este processo é gradativo, lento, mas possível. Obviamente, precisamos de iniciativas governamentais, mas isso não impede que cada um faça a sua parte. Para começar, você pode tirar suas dúvidas sobre o que é e não é reciclável neste post antigo. Feito isso, comece a separar o lixo doméstico. Só traz benefícios, veja nesta outra postagem. Por fim, disponha os materiais separados para a coleta seletiva. Em Goiânia, veja como isso pode ser feito aqui.

É isso, galera. Espero que tenham gostado. Até a próxima!

Mayumi.  

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