quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Você sabe o que é Lixo Espacial?

Normalmente quando falamos da poluição e do lixo pensamos em como o ser humano vem negligenciando o Planeta. No entanto, a ação prejudicial do ser humano tem ido muito além da biosfera. A questão do lixo espacial ainda é pouco conhecida, mas está virando pauta nos debates mundiais.
Lixo espacial é qualquer objeto lançado no espaço orbital da Terra que não tenha mais utilidade, tais como satélites desativados, fragmentos de satélite ou de foguetes, e até mesmo instrumentos e ferramentas perdidos por astronautas durante missões espaciais.

De olho na questão do lixo espacial



O lixo espacial representa mais perigo para satélites ativos e naves espaciais tripuladas no espaço (e futuras expedições espaciais) do que propriamente aos habitantes da Terra, pois, ao entrar em contato com a atmosfera, grande parte dos destroços é queimada e destruída. Os que conseguem atravessar essa barreira geralmente caem nos oceanos, já que estes representam 75% do volume do planeta.
Quanto maior a altitude de um lixo espacial, mais tempo ele permanecerá em órbita. Por exemplo, destroços que estão numa altitude em torno de 600 km levam anos para entrar na atmosfera da Terra, enquanto que numa elevação de 1000 km eles demoram séculos.

Volume de entulho orbitando a Terra chegou a um "ponto extremo" para colisões

O volume de entulho orbitando a Terra chegou a um "ponto extremo" para colisões, o que gera mais detritos e põe em risco astronautas e satélites.

Os detritos em órbita representam uma ameaça para os cerca de mil satélites comerciais, militares e civis na órbita do planeta - parte de uma indústria global que gerou US$ 168 bilhões em receita no ano passado, de acordo com dados da Associação da Indústria de Satélites.

O primeiro choque espacial ocorreu em 2009, quando um satélite de telecomunicações da Iridium e um satélite russo não-operacional colidiram 789 quilômetros acima da Sibéria, gerando milhares de novos detritos em órbita.

A colisão aconteceu após a destruição, em 2007, por parte da China, de um de seus satélites climáticos fora de uso como parte de um teste amplamente criticado de mísseis anti-satélite.

O volume de detritos em órbita monitorados pela Rede de Vigilância Espacial saltou de 9.949 objetos catalogados em dezembro de 2006 para 16.094 em julho de 2011. Quase 20% dos objetos são provenientes da destruição do satélite chinês Fengyun 1-C, afirmou o Conselho de Pesquisa Nacional.

Alguns modelos computacionais mostram que a quantidade de lixo em órbita "chegou a um nível extremo, com detritos suficientes em órbita para causar colisões contínuas e criar ainda mais destroços, o que aumenta o risco de falha de viagens espaciais", disse o conselho.

Como solucionar este problema?

Conheça algumas tecnologias que os cientistas bolaram para eliminar o lixo espacial. Elas só precisam ser aprimoradas. Será que dará certo?
 
LASERS
O que é: Canhões de laser instalados em terra, no ar e no espaço são disparados contra o lixo, desviando sua órbita para mais perto do planeta. Ao entrar em atrito com a atmosfera, o lixo queima até desaparecer.
O que falta: Até já foi elaborado um plano, o Projeto Orion, mas não foi para a frente. A tecnologia para construir existe, mas os custos ainda são extremamente altos.

FIOS ELETROMAGNÉTICOS
O que é: Fios de cobre (ou outros materiais condutores de eletricidade) são acoplados a satélites e outras naves e reagem com o campo magnético da Terra para atrair o lixo espacial de volta ao planeta. 
O que falta: Aprimorar a técnica. Para o lixo existente, só é possível capturar poucos objetos e de tamanho grande.

AEROGEL
O que é: Substância leve e supergrudenta que prende os detritos e coleta informações sobre eles. A tecnologia já existe – o aerogel é usado para coletar amostras espaciais para estudo.
O que falta: É preciso ampliar a escala. “Uma quantidade enorme de aerogel seria necessária para recolher uma quantidade muito pequena de detritos”, diz Nicholas Johnson, cientista da Nasa,
agência espacial americana.

BRAÇO COLETOR
O que é: Idéia meio maluca, é literalmente um braço coletor que serve para agarrar pedaços de lixo maiores.
O que falta: Baratear o custo. O equipamento é muito caro e de uso restrito à coleta de objetos de porte razoável, como naves abandonadas.

ESPUMA
O que é: Um painel de espuma especial, altamente porosa, colocado na rota dos detritos. Ao passar por ele, o lixo reduziria sua velocidade, caindo mais perto da Terra – e se incinerando com o atrito.
O que falta: Os painéis precisam ser enormes para atingir uma quantidade significativa de detritos pequenos. Mas aí correm o risco de colidir com outros objetos grandes.
REDES
O que é: Redes gigantes formadas por uma liga firme e extensa, unidas a hastes infláveis, formam uma espécie de cesto enorme. A idéia dos cientistas é jogá-las em nuvens de lixo espacial e, depois, pescar os detritos.
 

O que falta: A técnica já é usada para recolher satélites inativos. Mas o potencial para coletar lixo espacial de forma eficiente precisa ser desenvolvido. 

Nota: Agora que já sabemos um pouco sobre esta questão, no próximo post irei falar sobre alguns projetos que estão sendo desenvolvidos e que serão lançados ao espaço nos próximos anos para coletar o lixo espacial. Fique ligad@!
 
Jéssica Meireles
Fontes: 1 | 2 | 3 | 4

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