sexta-feira, 12 de julho de 2013
#5: É Pneu Que Não Acaba Mais - #50Atitudes


Os pneus
têm grande impacto sobre o meio ambiente. A simples disposição final de pneus com
danos irreparáveis não resolve o problema já que o tempo de decomposição dos
pneus é indeterminado e, no aterro, dificultam a compactação diminuindo a sua vida
útil. No Brasil, a disposição de pneus em aterros é proibida desde 1999. Logo,
outras medidas devem ser tomadas. Vejam alguns dados sobre pneus no 5º post da série "50 Atitudes mais sustentáveis".
A ResoluçãoNº. 416/2009, elaborada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), dispõe
sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua
destinação ambientalmente adequada, além de outras providências. Nela, o artigo
15º diz:
É vedada a disposição final de pneus no meio ambiente, tais como o abandono ou lançamento em corpos de água, terrenos baldios ou alagadiços, a disposição em aterros sanitários e a queima a céu aberto.
Mesmo
sendo proibido, sabemos que o descarte indevido de pneus ainda acontece muito! O
que resulta em vários problemas. Em rios e lagos contribui para o assoreamento
e enchentes, e como todos sabem, pneu em lugar indevido vira criadouro de
mosquito da dengue. Mas o que poucos sabem é que pode ocorrer a disseminação de
várias doenças através do transporte de resíduos de pneus para operações de
destinação final.
E
os problemas ambientais não ficam apenas na hora do descarte, mas também na
produção, manutenção e quanto ao uso e escolha do pneu: é preciso meio barril
de petróleo bruto para produzir a borracha de um único pneu de caminhão; em
velocidade mais baixa desgasta menos o pneu. A 105km/h o pneu se desgasta 50%
mais do que se estivesse a 80km/h, o que obriga a troca mais rápida e mais
resíduos gerados; pneus radiais fazem aumentar a quilometragem por litro de
combustível.
A
calibragem dos pneus também tem influências sobre o meio ambiente. A calibragem
correta não só ajuda a preservar o pneu, evitando o desgaste de modo desigual
ou que seja prejudicado pelo superaquecimento, mas também economiza
combustível. Se o pneu do seu carro estiver apenas 30% abaixo da pressão
recomendada, perderá metade de sua vida útil. Leia o manual do proprietário
para conhecer as especificações do fabricante para o seu modelo de automóvel.
Portanto,
com a manutenção adequada, é possível economizar a energia e os recursos gastos
em sua manufatura. Assim, você ajuda a evitar a poluição gerada pela fabricação
de borracha, economiza gasolina e diminui a quantidade de problemas criados
pelos “lixões” de pneus.
Além
disso, outras dicas são: comprar pneus de maior vida útil e se não quiser
recapá-los, venda-os para a reciclagem, pois assim não serão misturados ao lixo
comum; fazer rodízio de pneus a cada 5 mil quilômetros - os pneus ligados à
tração do carro se desgastam mais rapidamente; alinhar a direção e balancear as
rodas periodicamente e quando for trocar um pneu velho por um novo,
recomenda-se trocar também a câmera, pois ela perde a elasticidade e as
dimensões originais.
Mas
então qual o destino correto para os pneus inservíveis?
Ainda
de acordo com a Resolução CONAMA Nº 416/2009, o artigo 1º. diz que os
fabricantes e os importadores de pneus novos, com peso unitário superior a 2,0
kg (dois quilos), ficam obrigados a coletar e dar destinação adequada aos pneus
inservíveis existentes no território nacional, na proporção definida nesta
Resolução. Além disso, os
distribuidores, os revendedores, os destinadores, os consumidores finais de pneus e o Poder Público deverão, em articulação com os fabricantes e importadores, implementar os procedimentos para a coleta dos pneus inservíveis existentes no País, previstos nesta Resolução. (§ 1º. da Resolução CONAMA Nº 416/2009).
O
Art. 3º ainda afirma que a partir da entrada em vigor desta resolução, para
cada pneu novo comercializado para o mercado de reposição, as empresas
fabricantes ou importadoras deverão dar destinação adequada a um pneu
inservível.
Desta
forma, no Brasil há muitas alternativas para a destinação final de pneus
inservíveis. Vejamos:
•
Combustível alternativo para as indústrias de cimento.
•
Pavimentação de estradas, playgrounds e pistas de atletismo.
Para isso a borracha é misturada ao asfalto e através da mistura
pode-se aumentar a vida útil das áreas pavimentadas em mais de 400% e reduzir a
quantidade de materiais empregados ao revestimento. Estudos realizados
demonstram que o asfalto-borracha possui uma alta resistência à deformação
permanente, maior vida a fadiga, menor ruído, melhor drenagem, maior aderência,
maior durabilidade, menor custo final e menor custo de manutenção. O Brasil possui hoje em torno de 1000 quilômetros
de asfalto-borracha. Foto: Diário Oficial/2011.
•
Co-processamento na usina de xisto betuminoso;
•
Gramas artificiais e quadras esportivas;
•
Recuperação:
-
fabricação de artefatos de borracha;
-
fabricação de granulados e pós de borracha;
-
Regeneração da borracha.
Porém,
alguns deles possuem pontos bastante negativos, por exemplo:
O
co-processamento de pneus em fornos de cimento pode levar à emissão de
dioxinas, furanos e outros poluentes orgânicos persistentes.
No
co-processamento de pneus na industrialização do xisto, o pneu usado no
processo industrial é extraído cerca de 50% na forma de óleo, 10% se
transformam em gases e água e o restante em
resíduos
perigosos (40%), que devem ser tratados.
Onde
levar pneus inservíveis?
O
consumidor consciente pode levar o pneu velho para a revenda onde fez a troca
ou para um posto do Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus
Inservíveis”, A relação dos 314 pontos de coleta, distribuídos por 21 estados e
Distrito Federal, pode ser conferida no site da Reciclamp.
Os
pneus recolhidos neste caso são usados para fabricação de concreto, pisos,
tapetes para carros e mantas para quadras esportivas. Artistas plásticos, como
Daniel Beato, da ONG Arte em Pneus, de São Paulo, também utilizam pneus velhos
na confecção de móveis e objetos de arte.
É isso, pessoal. Se souberem de mais informações, contem pra gente. Até a próxima.
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