quarta-feira, 14 de agosto de 2013
#9. A Camada de Ozônio - #50Atitudes


Em volta da Terra há uma frágil camada de um gás chamado ozônio (O3) que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Na superfície terrestre o ozônio contribui para agravar a poluição do ar das cidades e a chuva ácida. Mas, nas alturas da estratosfera (entre 25 e 30 km acima da superfície) é um filtro a favor da vida. Sem ele os raios ultravioleta poderiam aniquilar todas as formas de vida no planeta. Por isso proteger a camada de ozônio é um dos maiores desafios que a humanidade já teve de enfrentar. O problema é grave e urgente, mas não escapou totalmente ao controle, pois a camada de ozônio ainda existe e nós podemos salvá-la.
Você sabia?
Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão destruindo a camada de ozônio. Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Desde então têm se acumulado registros de que a camada está se tornando mais fina em várias partes do mundo, especialmente nas regiões próximas do Polo Sul e, recentemente, do Polo Norte. Segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), no fim de março, 40% do ozônio na estratosfera sobre o Ártico havia sido destruídos. O recorde anterior era de 30%. O hemisfério norte também é atingido: os Estados Unidos, a maior parte da Europa, o norte da China e o Japão já perderam 6% da proteção de ozônio. Porém, o buraco da camada de ozônio sobre a Antártida é maior porque ali a concentração de cloro ativo é maior (na estratosfera, o cloro dissocia da molécula de CFC, destruindo o ozônio).
Diversas substâncias químicas acabam destruindo o ozônio quando reagem com ele. Tais substâncias contribuem também para o aquecimento do planeta, conhecido como efeito estufa (uma só molécula de CFC retém 20 mil vezes mais calor do que uma molécula de dióxido de carbono). A lista dos produtos danosos à camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Mas, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, nada se compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos, os CFCs, presente nas casas e escritórios em todo o mundo. O curioso é que, no início, os CFCs foram considerados inofensivos, e por esta razão passaram a ser usados em nível mundial desde 1932.
Alguns tipos de poliestirenos usados em materiais como isopor são fabricados com CFCs. Ao contrário do que muita gente pode imaginar, os CFCs não são liberados na atmosfera apenas durante a manufatura desses materiais: também são liberados quando o produto é cortado ou suas moléculas se rompem. Então, aquela caixa de isopor que ajudou a conservar os refrigerantes na praia, durante o final de semana, pode estar, nesse instante, destruindo átomos da camada de ozônio. Por isso, o CFC para a produção de isopor, espumas e extintores de incêndio vem sendo substituído pelo HCFC (hidroclorofluorcarbono), 90% menos prejudicial à camada de ozônio. Entretanto, este deve ser substituído até 2040 por ser um gás de efeito estufa.
Durante muitos anos, os CFCs foram usados em aerosóis, e ainda são em alguns países. Além disso, alguns extintores de incêndio para o uso doméstico utilizam halons como fases propelentes. Infelizmente, os halons atacam a camada de ozônio mesmo que o extintor jamais seja usado, porque o gás acaba vazando.
O Brasil realiza ações para a proteção da Camada de Ozônio há mais de duas
décadas, a partir da Portaria nº 01 da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, publicada em 10 de agosto de 1988. Este órgão foi extinto em abril de 1999 com a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, vinculada ao Ministério da Saúde. A relação de atos normativos que estabeleceram uma matriz institucional e regulatória essencial para a eliminação das SDOs (Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio) em conjunto com os projetos de investimento e não-investimento concluídos, você pode ler clicando aqui.
Quais os problemas causados pelos raios ultravioleta?
Apesar de a camada de ozônio absorver a maior parte da radiação ultravioleta, uma pequena porção atinge a superfície da Terra. É essa radiação que acaba provocando o câncer de pele, que mata milhares de pessoas por ano em todo o mundo. A radiação ultravioleta afeta também o sistema imunológico, minando a resistência humana a doenças como herpes.
A limpeza do congelador da geladeira ou do freezer não deve ser feita com objetos pontiagudos ou cortantes. Isso evita a perfuração da tubulação que contém o CFC, e consequentemente, a liberação do gás poluente na atmosfera. Técnicos que fazem a manutenção desses equipamentos precisam ser cadastrados pelo IBAMA.
Esta é uma garantia de que o profissional estará apto a realizar o procedimento, seguindo as regras vigentes. Se os equipamentos foram fabricados até 1997, é recomendável que a manutenção seja feita em lojas especializadas, cadastradas no IBAMA, que participam do Plano Nacional para Eliminação de CFCs.
As empresas do setor de refrigeração comercial e industrial, ou seja, produtores de equipamentos com espumas ou produtores de equipamentos que utilizam os CFCs, por questões mandatárias, devem passar a utilizar fluidos refrigerantes não nocivos à camada de ozônio e que também não contribuam para o aquecimento global.

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