segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Urbanismo Sustentável

Alô, querid@s! Segunda de novo e mais um post. Hoje vim falar sobre cidades. Como é a sua? Atualmente, a maioria das cidades enfrenta a triste perspectiva do caos urbano ocasionado do modelo de ocupação  desde a era industrial. Por isso resolvi tratar de urbanismo sustentável. Vamos lá?

Imagem do site Planeta 10.



O urbanismo sustentável é uma vertente do conceito tradicional do urbanismo que visa a busca pela utilização de técnicas e princípios para planejar e regular a construção e o desenvolvimento de cidades de forma mais sustentável.


A arquitetura deve ser projetada pensando na sua relação com o lugar, respeitando as características físicas e culturais do local e da população que ali vive. Assim, o urbano deve ser planejado de forma que respeite e se integre ao ambiente que irá ser modificado.

O conceito de urbanismo sustentável foi inicialmente chamado de Novo Urbanismo e surgiu na década de 1980 nos Estados Unidos. O principal objetivo era o resgate da qualidade de vida e a melhoria do relacionamento entre o homem e a cidade, de modo que promovesse o crescimento ordenado e o desenvolvimento sustentável em longo prazo, para que fossem diminuídos os impactos sociais, ambientais e econômicos das ações urbanas.

Tinham a proposta de ir contra o crescimento das cidades segundo os princípios do Movimento Moderno, que davam preferência ao automóvel e valorizavam a separação das funções, o que impedia que os moradores conseguissem saúde, lazer, moradia e trabalho sem precisar de um carro.



Assim, o urbanismo sustentável possui nove princípios básicos.

1. Prioridade ao pedestre 

- busca por ruas limpas, seguras, arborizadas, com pouco ruído;



- calçadas amplas e com confortável mobiliário urbano (objetos, elementos e pequenas construções integrantes da paisagem urbana. Ex.: ponto de ônibus, bicicletário, passarela, semáforo, postes, etc.);
- iluminação adequada;
- sinalização adequada;
- TOTAL acessibilidade.




Pretende estimular a locomoção a pé, fazendo com que a caminhada seja atraente, reduza o uso do automóvel, da poluição e que evite o sedentarismo e os ambientes fechados.



2. Uso misto e complementariedade

- uso combinado das diversas funções da cidade: moradia, lazer, educação, trabalho, comércio no mesmo espaço;
- quadras e prédios agrupados para se complementarem e atraírem os moradores a caminharem pelas ruas;
- evitar longos deslocamentos;
- reduzir engarrafamentos, poluição, estresse.

Quanto mais variada e concentrada for a diversidade de usos e pessoas, mais vivo e interessante é o lugar.


3. Diversidade de moradores

- pessoas de diferentes idades, culturas, etnias e classes sociais dividindo os mesmos espaços;


- variedade de ideias, necessidades e interesses;
- ampliação das alternativas de relacionamentos;

A diversidade de pessoas próximas umas das outras torna o lugar mais justo, mais solidário, mais humano.



4. Senso de comunidade

- satisfação em se sentir integrado a um lugar único, reconhecido dentro da cidade e que caracterize os seus moradores;
- reforça a identidade local e a sensação de pertencer a ele, o que eleva a segurança e o bem estar da população.



5. Densidade equilibrada

- cuidado com a densidade e a concentração de pessoas na cidade é muito importante para a preservação ambiental;
- produz melhor desempenho energético;
- redução da emissão de gases nocivos;
- otimização do transporte público e as redes de água, energia e telefone;
- redução do uso de terrenos com edificações.



6. Sustentabilidade e alta performance do ambiente construído

- construção de edificações projetadas e construídas com o emprego de materiais e técnicas que reduzem o impacto ambiental da construção, o consumo de energia e a geração de gases do efeito estufa;
- ambientes internos de alta qualidade, com vida longa, adaptáveis, flexíveis;
- utilização de recursos para obter iluminação e ventilação naturais;
- incentivo de aquecimento solar na edificação, reaproveitamento da água da chuva;
- respeito à paisagem natural, às águas superficiais e subterrâneas e à vida silvestre.



7. Espaços públicos atraentes e seguros

- essencial: combinação de cafés, praças, lojas, parques, restaurantes, calçadas amplas e arborizadas e jardins;
- segurança pública eficiente, que permita as pessoas andarem pelas ruas sem receio.

Parque Flamboyant em Goiânia.


8. Harmonia entre natureza e amenidades urbanas

- luz natural, ar fresco e limpo circulando por prédios entre ruas, parques, jardins e praças;
- prédios que adequem suas fachadas à orientação solar e aos ventos predominantes;
- equilíbrio entre áreas verdes e construídas;
- diversidade de parques com plantas nativas;
- sombreamento com árvores ao longo das calçadas proporcionando conforto e contemplação;
- evitar as ilhas de calor.



9. Conectividade e integração regional

- os bairros devem ser ligados por rodovias que possibilitem múltiplas alternativas de ir e vir;
- para isso um transporte coletivo inteligente e integrado;
- estímulo do uso da bicicleta.



Viram só? Ao seguir esses princípios, é possível a construção/expansão de cidades de forma mais eficiente, sustentável e, principalmente, mais humana. E aí, o que acharam? À primeira vista, esses pontos podem ser vistos como utópicos, mas já existem lugares que buscam esse modo de ver a cidade. Alguns pontos podem partir de nós mesmos. E também por parte de cobrarmos dos nosso governantes atitudes mais sustentáveis para nossas cidades.

"O mundo todo precisa de todo mundo." (Econtexto)

May. 

Mayumi escreve toda segunda-feira.

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