terça-feira, 23 de outubro de 2012

Arquitetura inclusiva: arquitetura para todas e todos


Alô, pessoal! Hoje vim falar sobre um assunto muito importante, arquitetura inclusiva. Para quem não sabe, esta é uma arquitetura que busca o desenho universal para o projeto de arquitetura, ou seja, busca atender às necessidades de todos os seres humanos, sem exclusão, de modo que qualquer ambiente ou produto seja alcançado, manipulado e usado, independentemente do tamanho do corpo do indivíduo, de sua postura ou mobilidade. Vamos saber mais?



A arquitetura brasileira passou a ser representativa a partir do período modernista, em meados da década de 1930, período muito importante para tudo que se é ensinado hoje sobre arquitetura. Entretanto, um dos preceitos principais para essa arquitetura era padronizar o homem, tudo se era pensado a partir das medidas do corpo humano de um homem jovem e saudável.


Dessa forma ficaram excluídas do projeto arquitetônico as pessoas deficientes, idosas, grávidas, crianças e todos os cidadãos que não seguem o “modelo padrão”, lhes negando o direito de ir e vir, de estudar e ter uma vida no mínimo digna. No Brasil, somente na década de 80 que começaram a ocorrer transformações no que tange a legislação e algumas poucas intervenções para adequação dos espaços para pessoas com necessidades especiais. Hoje ainda é extremamente comum encontrar profissionais de arquitetura que produzam para o “homem-padrão”. Uma boa parte da população continua a ser excluída por falta de condições arquitetônicas adequadas.


O desenho universal é o ponto principal para se alcançar a acessibilidade. Esse modo de projetar já virou lei, é tema obrigatório na grade curricular dos cursos universitários envolvidos, e agora ajuda, pouco a pouco, a criar espaços e produtos usáveis por todos e todas. O desenho universal prega soluções simples, que buscam atender uma abrangente tipologia humana, sem tecnologias sofisticadas e a custos acessíveis - uma construção adaptável sai no máximo 1% mais caro que as convencionais.

Além do mais, um projeto universal inclui produtos acessíveis para todas as pessoas. "A meta é que qualquer ambiente ou produto seja alcançado, manipulado e usado, independentemente do tamanho do corpo do indivíduo, de sua postura ou mobilidade", explica Silvana Cambiaghi, autora do livro Desenho Universal (Editora Senac).


O desenho universal valoriza também o desenvolvimento do usuário ao longo da sua vida, para que o ambiente atenda às necessidades de uma criança e de alguém idoso da mesma forma, ou que seja facilmente adaptável. "O ser humano normal é precisamente o ser humano diverso, e é isso que nos enriquece como espécie. Portanto, a normalidade é que os usuários sejam muito diferentes e que os projetos propiciem usos distintos", ressalta Silvana.


É isso, galera. Gostaram do assunto de hoje? Esse conceito de desenho universal garante que a moradia suporte mudanças e adaptações ao longo dos anos, de modo que atenda as diversas necessidades que cada fase da vida solicita, sem prejuízo ou comprometimento do espaço. Está estritamente ligada à arquitetura sustentável no que diz respeito à vida útil do edifício, já que dessa forma a pessoa pode viver na residência desde a infância até a fase madura se quiser. Além disso, traz um direto de tod@s: igualdade. Tod@s são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, e assim deve ser na arquitetura, lembrando sempre que podemos precisar dessa acessibilidade a qualquer momento. Estamos todos sujeitos a isso. Espero que tenham se inteirado. Até a próxima!

Mayumi.

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