quinta-feira, 30 de maio de 2013
Terceiro dia: 5º Encontro Brasileiro Alemão e Semana de Química e Meio Ambiente (IFG)
14:13 | 
Postado por
ecoargoiania@hotmail.com
Boa
tarde, linds! O post de hoje é relacionado à mesa redonda sobre a Política Nacional de
Resíduos Sólidos que aconteceu ontem (quarta, 29) no terceiro dia do 5º
Encontro Brasileiro Alemão e Semana de Química e Meio Ambiente do IFG. Foi uma
manhã muito, muito boa. O tema sempre nos agrada e os membros da mesa eram
bastante entendidos do assunto. Confiram!
Fotofrafia: Mais Eco Educação
Com a participação do Eng. Wellington Heberling de Oliveira da AMMA (Agência Municipal do Meio Ambiente), do Dr. Osmar Mendes Ferreira da SEMARH (Secretaria do Meio Ambiente e Recurso Hídricos), do Dr. Wilson Mozena Leandro (Escola de Agronomia da UFG) e do Dr. Joachim W. Zang (IFG), esse foi o melhor evento que participamos durante a semana até agora. Cada um deles representou uma estância e falou sobre determinado assunto relacionado à política de resíduos sólidos.
Fotofrafia: Mais Eco Educação
Quem
iniciou a discussão foi o Dr. Osmar Ferreira da SEMARH, que falou sobre as
responsabilidades do poder público estadual de apoiar os municípios e cumprir
as leis federais, e a importância da integração entre as leis de saneamento, leis dos
consórcios e a educação ambiental e também comentou sobre a Política Estadual de
Resíduos Sólidos, Lei Nº 14.248 de Julho de 2002. Neste ano, a SEMARH iniciou um trabalho de levar
discussões sobre a política de resíduos para o interior do estado. Já foram
realizados eventos em Iporá, Rio Verde e Itumbiara, e continuarão durante todo
o ano em outros municípios. O fechamento está previsto pra ser aqui em Goiânia nos dias 13 e 14 de
setembro, data que pode sofrer alteração. De qualquer forma, quando for
chegando pertinho, damos notícias aqui no site.
Fotofrafia: Mais Eco Educação
O
segundo a falar foi o Dr. Wilson Mozena, da Escola de Agronomia da UFG, que
comentou sobre os resíduos sólidos urbanos com ênfase em alternativas para a
disposição final de resíduos orgânicos, que constituem aproximadamente 60% do
lixo domiciliar em Goiás (cerca de 1,1kg a 1,4kg por hab/dia). Mozena afirmou que
apenas 3% desses resíduos vão para a compostagem, destinada a praças e jardins
das cidades. Uma coisa muito interessante foi que
Wilson deu ênfase ao que se pode fazer em casa por todo mundo, falando de processos simples
para realizar a compostagem e a vermicompostagem.
Fotofrafia: Mais Eco Educação
Em
seguida, foi a vez do Eng. Wellington de Oliveira representando a AMMA e
falando sobre a política de resíduos sob a ótica municipal enfatizando seus
deveres com relação a importância do planejamento da gestão de resíduos, da
responsabilidade compartilhada e da produção/consumo sustentável. Comentou
brevemente sobre os objetivos de não geração, redução, reutilização,
reciclagem, tratamento e disposição final adequada, e sobre os mecanismos para
isso, que disse ser, principalmente, a educação ambiental e comunicação social,
um ponto muito importante. O engenheiro comentou sobre a situação
de Goiânia com relação a importância da logística reversa através de decretos
ou acordos setoriais e para finalizar, falou sobre as principais metas para Goiânia: 1. Plano
de gestão integrado de resíduos sólidos, previsto para ser finalizado até agosto de 2014, visando a política de “Cidade Sustentável”
levantada pela atual gestão da prefeitura; 2. Fomentação
de acordos setoriais para a logística reversa, com ênfase nas indústrias de
medicamentos, eletrônicos, pneus e construção civil; 3. Reestruturação
do Programa Goiânia Coleta Seletiva com ênfase nas cooperativas de catadores, principal ponto, pois a situação de trabalho dos
catadores se constitui num grave
problema, pois não há infraestrutura
adequada para condições dignas de trabalho, não é nada a cara de uma cooperativa. Agora se trata de um programa de sustentabilidade de
Goiânia: mudar a realidade das cooperativas. E mostrando algumas fotografias
bem tristes do atual estado de trabalho dos catadores, fez esse questionamento:
“Onde está a sustentabilidade nisso?”; 4. Readequação/ampliação
da vida útil do aterro sanitário. Esta seria uma consequência da concretização das
outras metas.
O
último a tomar a palavra foi o alemão Dr. Joachim Zang, presidente da comissão
organizadora do evento no IFG, que falou basicamente sobre o gerenciamento de
resíduos sólidos na Alemanha como algo que deu certo através de uma política de
conscientização ambiental do final da década de 70 e início da de 80. Essa
consciência gerou uma nova legislação nos anos 90 que agiu na regularização de
aterros, que vem passo a passo sendo desativados e que servem para destinação
apenas de resíduos inertes. Assim, essa mudança de paradigma se deu pelos três princípios básicos:
evitar o consumo, reutilizar/reciclar recuperando energias e materiais, e
eliminação de resíduos de forma responsável. Segundo
Zang, hoje essa ideia virou negócio e é um meio muito lucrativo no país.
É
isso, pessoal. Achamos muito interessante o fato de todos os membros da mesa baterem
no ponto de que a principal forma de tratar desse aspecto de resíduos é a
diminuição do consumo, que o ponto é a educação ambiental, que leva a repensar nossos princípios e nossas
verdadeiras necessidades. Na hora de consumir é importante pensar se é algo
realmente necessário ou apenas uma imposição de marketing. Além disso,
ponderarmos a escolha de produtos que gerem menos resíduos. E quanto à conscientização
da população para a coleta seletiva, o professor Wilson falou uma coisa muito, muito
interessante, disse que “não é difícil separar, tudo já vem separado, a gente
que mistura”. Foi muito bacana mesmo.
Enfim, ontem a programação foi só pela
manhã, à noite era um minicurso no qual não nos inscrevemos. Semana que vem a
gente vem pro último post falando sobre o minicurso que vamos participar na
segunda e na terça e sobre as considerações gerais do evento. É isso. Até mais!
:D
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