segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Expansão Centro de Arte Kimball: uma arquitetura diferente e sustentável

Olá, querid@s! É segunda-feira de novo e cá estou eu. Hoje trouxe outro projeto de arquitetura: a expansão do Centro de Arte Kimball localizado nos EUA. É do escritório de arquitetura BIG e ganhou o concurso para expansão do Centro de Arte Kimball e está em construção. Se tudo seguir como foi planejado o edifício deverá alcançar a certificação LEED Platinum¹. Vamos saber mais!



O concurso foi lançado com o objetivo de encontrar a melhor proposta para a expansão do edifício que já existia. Dos 15 finalistas, o escritório dinamarquês BIG foi o vencedor. Projetado em 2011, o edifício teve  como principal fonte de inspiração a história de Park City, cidade onde o projeto está inserido e de forte tradição mineradora, que foi decisiva na escolha dos materiais. Além disso, também fizeram referência a um antigo edifício que durante 80 anos ocupou o terreno, mas que foi destruído num incêndio em 1982. O novo Centro de arte possui a mesma altura.


A sua forma foi adequada para que o edifício estivesse direcionado para as duas ruas principais que envolvem o terreno. Olhem só que interessante.



E agora vejam que legal como a forma reflete no seu interior. 






Pro quesito sustentabilidade os arquitetos investiram em alguns pontos para a melhoria do edifício. Foram pensadas em fontes de aproveitamento de calor natural e a utilização da luz do sol, na maximização da ventilação e reciclagem de águas pluviais. Para atender a esses aspectos, além das grandes aberturas no edifício que podem ser observadas nas fotografias anteriores, algumas técnicas foram empregadas. Vejam só.

O esquema acima representa o sistema de aquecimento de água através do sol que foi implantado no edifício já existente (lado esquerdo) e também no novo projeto. Também mostra o aquecimento interno com sistema de ar para controlar a umidade e a pressão. Numa cidade de clima frio na maior parte do ano este é um fator importante na economia de recursos energéticos.
Este diagrama mostra a instalação de uma tubagem em furos cavados no chão. Nessa tubagem a água é circulada por meio de bombas que extraem calor da água (modo de aquecimento) para o inverno ou rejeita o calor (modo de arrefecimento) durante o verão.

A madeira é um dos melhores isolantes térmicos que existem. A que foi utilizada na construção do edifício possui 20 cm de profundidade, o que contribui para criar um atmosfera confortável no interior do edifício. 


Essa imagem mostra o terraço das edificações, que captam água da chuva para a utilização no edifício, mas apenas para limpeza. Porém, há a possibilidade da água ser tratada e se tornar potável.

Nesse desenho são evidenciadas as claraboias e janelas em fita que contribuem para a iluminação natural para o interior do edifício, que contribui significativamente para a redução dos custos de energia para iluminação.

Finalmente, neste último diagrama o aspecto levado em conta é a ventilação. Observem as claraboias que contribuem nesse aspecto e também nas janelas que estão presentes nos dois lados, o que permite ventilação cruzada e, portanto, melhoria na qualidade ambiental do edifício, além de reduzir custos com ar condicionado.


Bem, é isso pessoal. O que acharam? Eu gostei muito desse projeto. O fato de ser um edifício cultural, com o design diferenciado e bem trabalhado já me agrada muito, e ao seguir as vertentes da arquitetura sustentável me faz gostar ainda mais. É um projeto atual, que mostra que pensar um edifício é uma tarefa árdua, difícil e o quanto hoje é importante trabalhar na construção de modo consciente e responsável com os recursos naturais e com o ambiente ao qual a edificação está inserida. Espero que também gostem. Na próxima segunda eu volto com outro post. Até mais!



¹ No contexto das preocupações com a sustentabilidade, a certificação LEED é uma avaliação pautada em critérios classificatórios relacionados em um checklist, que concede pontuação ao empreendimento dependendo do atendimento a critérios previamente estabelecidos. Dependendo da pontuação atingida, o empreendimento pode ser certificado, atingindo os níveis prata, ouro ou platina. (Mariana Feres dos Santos e Eunice Helena S. Abascal)


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