sexta-feira, 5 de julho de 2013

#4: Não Pinte Com Qualquer Tinta - #50Atitudes

Bom dia, pessoal!
Para a pintura da casa muita coisa está em jogo. E não é só a escolha da cor e da técnica a ser empregada, é também o tipo de tinta que vai usar e o que fazer com a tinta que sobrar. Para isso precisamos estar bem cientes dos impactos gerados pelas tintas sobre o meio ambiente. Vejam só.




O mercado brasileiro de tintas já é bastante consolidado. As tintas são produtos fundamentais em qualquer um dos seus setores e em vários produtos: veículos automotivos, bicicletas, móveis, brinquedos, eletrodomésticos, vestuário, em impressão e na construção civil, superando assim a marca de um bilhão de litros de tintas produzidos anualmente.

Este volume coloca o Brasil como o quarto produtor mundial de tintas. Desse volume, 61% das vendas de tintas se devem ao seguimento de tintas para a construção civil, o que resulta em cerca de 60% do faturamento total.

Os principais impactos ambientais gerados pelo setor de tintas podem estar associados desde o processo de produção (uso de recursos como a energia e água; uso de matérias-primas e produtos auxiliares onde vários possuem propriedades tóxicas, irritantes e corrosivas; geração de efluentes) ao uso dos produtos e à geração de resíduos de embalagem pós-uso.

Entretanto, devido à crescente preocupação mundial com a conservação do meio ambiente, as indústrias de tintas passaram a desenvolver produtos ecologicamente corretos. Essa preocupação começa com a escolha da matéria prima e forma de produção, até o descarte. Essas tintas substituem o solvente, que é uma substância tóxica, por água, e são produzidas com matéria prima mineral e com pigmento de terras, extraídas de jazidas permitidas, pensando assim numa baixa emissão de Compostos Orgânicos Voláteis (COV), que são gases poluentes que prejudicam camada de ozônio. Além disso, algumas empresas possuem programa de captação de água da chuva e coleta seletiva.  

E além de reduzir o impacto ao meio ambiente, essas tintas também oferecem maior segurança para os pintores, pois são antialérgicas e atóxicas, já que deixam de se expor aos solventes, que fazem mal à saúde.

O que fazer?

Ficar atentos e atentas aos materiais utilizados na produção da tinta para observar seus possíveis danos à saúde e ao meio ambiente, assim como os procedimentos emergenciais para algum acidente que venha a ocorrer. Essas informações podem ser obtidas nas Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQ) e são essenciais para determinar quais equipamentos de proteção individual (EPI) ou coletiva (EPC) deverão ser adotados em todos os procedimentos.
• Na hora da compra, podemos escolher essas tintas ecologicamente corretas dando preferência às empresas certificadas pela ISO 14001, norma internacionalmente reconhecida que define o que deve ser feito para estabelecer um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) efetivo.
Podemos tentar levar pra casa o menor número possível de embalagens ou optar pelas retornáveis. Quando isso não for possível, que sejam, pelo menos, recicláveis ou recicladas.
• Após terminar o trabalho com as tintas, é hora de limpar cuidadosamente os materiais utilizados (no caso de tinta látex). Pra isso, não podemos lavar os pincéis sobre a grama ou a terra, pois a tinta se infiltra e alcança o subsolo. Então lavamos numa pia, em água corrente, para que assim a tinta seja levada para uma estação de tratamento de água.
E no fim, sobrou? Então vamos tentar nos desfazer de maneira racional dos restos de tinta. Podemos vender ou doar pra alguém que precise.


E então, pessoal? Gostaram do post de hoje? Se tiverem outras sugestões, nos escrevam, vamos unir conhecimentos. E hoje tem início aqui em Goiânia o Congresso Nacional Cidade e Sustentabilidade - A Goiânia que queremos, que vai até dia 8 de julho (segunda-feira). Tentaremos trazer a cobertura do evento para vocês. Até a próxima!

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